Guaramirim

jornaldebairrosguaramirim.blogspot.com

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Escola relembra o início da Vila Carolina

Após mapearem o bairro, alunos descobriram como tudo começou

No dia 4 de novembro, a Escola e Pré-escolar Cantinho da Amizade, na Vila Carolina, reuniu seus alunos do turno matutino e três convidados para mais uma etapa do Projeto Redescobrindo os Bairros de Guaramirim. Helena de Borda da Cruz, 65, Olga Oraci Silveira, 70 e João Valdemiro Dalprá, 62, são moradores antigos da localidade e conhecem bem a história da Vila.
Antigamente, o local era pouco habitado. A maior parte das terras pertencia ao pai de Valdemiro, que trocou terrenos pela mão-de-obra da família Batista. Um dos membros desta família, avô de dona Olga, foi criado pela madrinha, dona Carolina. Foi assim que ele ficou conhecido como João Carolina, nome que mais tarde batizou o bairro.


Já dona Helena herdou do marido um grande terreno, que ela optou por desmembrar em 1987, após a morte do companheiro. Cada lote foi comprado pelo equivalente a R$ 1.500. “Foi um preço muito baixo, mas eu tinha amigos que não tinham um lugar para morar. Hoje em dia, eles tem”, conta.
Com o passar dos anos, novos vizinhos foram aumentando a população da Vila Carolina. Com eles, vieram o comércio, a luz elétrica, as casas se tornaram melhores e mais confortáveis. Mas se engana quem pensa que não houve ônus. “Não podemos mais criar um porco, uma galinha, uma vaca em casa. Antes havia sossego, agora tem muito movimento, muito roubo”, reclama Helena.
A má qualidade da água encanada e a falta de pavimentação em algumas vias do bairro também foram lembradas como empecilhos. “Tem muita poeira aqui”, diz dona Olga. Os convidados relembraram as poucas opções que tinham quando crianças para se divertir. “A maior aventura era atravessar o rio de bicicleta, passando por cima de um troco de coqueiro”, ri Valdemiro. “Caí muitas vezes dentro daquele rio”, conta Helena.

Câmeras de monitoramento em Guaramirim

  Comandante prevê instalação para o final de janeiro

Em convênio com o Estado, Guaramirim irá receber dez câmeras para o monitoramento da região central do município. Na manhã de terça-feira, 8, o comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, Jofrey Santos da Silva, se reuniu com o prefeito para discutir questões técnicas sobre o possível ponto onde as câmeras devem ser instaladas. Segundo o comandante, a instalação será feita em pontos estratégicos e irá obedecer alguns critérios que estão sendo levantados por meio de estudos. Ele acrescentou que os pontos ainda não foram definidos,porém a instalação das câmeras deve ser feita até o final de janeiro.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Convite para Mostra de Trabalhos


Quem acompanha o Jornal de Bairros de Guaramirim observou que, neste ano, nosso foco foi noticiar o resgate histórico dos bairros da cidade, realizado pelas escolas. O projeto Redescobrindo os Bairros surgiu de iniciativa do Jornal de Bairros e Jornal do Vale do Itapocu, em parceria com a Câmara de Vereadores e Secretaria de Educação do município.
Durante 2011, as escolas se dispuseram a trabalhar em sala de aula a história de cada bairro, com a ajuda de seus alunos e da memória viva da comunidade.
No próximo dia 25 de novembro, será iniciada a etapa final do Projeto. Nas dependências da Prefeitura de Guaramirim, será realizada a Mostra de Trabalhos produzidos durante todo o ano. Será o momento em que alunos e professores das diversas unidades de ensino participantes irão compartilhar suas experiências e resul­tados. O conhecimento e resgate histórico gerado irão para além dos muros das es­colas, partilhados com toda a comunidade de Guaramirim e região.
Compareça com sua família. Os trabalhos ficarão expostos até o dia 10 de dezembro. A Prefeitura Municipal de Guaramirim localiza-se na Rua 28 de Agosto, 2042  . O horário para visitação da exposição é das 8h às 12h e 13h às 16h.
Trabalhos na rede
O coordenador do projeto, Francisco Schork revela que a Câmara de Verea­dores de Guaramirim irá disponibilizar um espaço em seu site para que seja criada uma página especial do Redescobrindo. Fotos, documentos e históricos de bairros e escolas, resgatados através do projeto, estarão online e disponíveis para toda a Guaramirim. Há também a intenção de reunir todo o material em um livro.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Da guerra para o Amizade

 Escola convidou moradora do bairro para referenciar o passado

Dona Lili Hardt Wachsmann tem 66 anos, e mora no Bairro Amizade, em Guaramirim, desde que nasceu. Os pais, imigrantes europeus, vieram para o Brasil em fuga, escapando dos malefícios da 1ª Guerra Mundial. Lili conta sua história com calma, diante da platéia de crianças, alunos do 5º ano da Escola Urbano Teixeira, localizada no mesmo bairro em que a senhora se criou.
Os estudantes querem saber, e dona Lili responde. Seus irmãos e seus filhos também nasceram na região. “Antigamente, esta área era considerada Centro de Guaramirim, mas foi desmembrada para Amizade”, informa. As estradas, na época, eram picadas abertas a facões, por onde passavam carroças e cavalos. “Lembro que na minha 1ª comunhão, fui de bicicleta para a igreja”, conta. O bairro era tão pequeno que era possível contar as casas facilmente. Dona Lili trabalhou, como muitas crianças da sua idade, na roça com seus pais plantando aipim, batata, arroz.
Próximo ao Corpo de Bombeiros de Guaramirim, ela conta que havia um açougue, de propriedade de seu pai. A carne era entregue de porta em porta, da mesma forma que os leiteiros entregavam suas garrafas há um longo tempo. A carne que não era vendida era salgada para o charque, já que não havia formas de congelá-la.

Nasce a Fundag em GN

 Município poderá contar com Fundação do Meio Ambiente

Na tarde de segunda-feira, 24, o prefeito Nilson Bylaardt assinou a lei complementar que autoriza a criação da Fundação do Meio Ambiente de Guaramirim – Fundag.
Entre as funções atribuídas ao novo órgão, está a de firmar convênios e consórcios e execução da política municipal de meio ambiente. A Fundag irá definir e implantar áreas de proteção ambiental, além de fiscalizá-las.
Através de concurso público, serão contratados engenheiro ambiental, engenheiro florestal, engenheiro químico, fiscal ambiental, biólogo, geólogo, geógrafo e advogado. O gestor da fundação e dois diretores serão indicados pelo governo, fechando o quadro de 11 funcionários.
“Poderemos trabalhar com mais força diversas questões voltadas ao meio ambiente. Desde a educação ambiental até análise de projetos para implantação de empresas e condomínios habitacionais, uma demanda que não encontra atendimento rápido em outros órgãos”, ressaltou Bylaardt.



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Uma doce volta ao passado


Etapa do Redescobrindo os Bairros foi realizada em escola da Estrada Bananal

Com a ajuda do jovem neto, ele conecta o motor da tobata ao moedor. Uma a uma, as canas são esmagadas e o caldo extraído é recolhido em um balde.
É assim que a famosa guarapa, ou caldo-de-cana, é produzida. Bebida doce que encantou as crianças do 5° ano da Escola Alice Olinger Dias, que visitaram a propriedade do Sr. Egon e de dona Maria Schuschadt. Lá elas puderam observar o grande tacho onde se faz o melado, o triturador de capim para alimentação do gado e o enorme galinheiro, com os ninhos cheios de ovos.
O Sr. Egon mora na região desde que nasceu. A escola em que se alfabetizou ainda é a mesma, mas antes de ser Alice, era Timbiras. Depois de servir o caldo-de-cana às crianças e desenferrujar os dedos na gaita que ganhou de presente da filha mais velha, ele convida o grupo de alunos para conhecer a casa de sua mãe, a mais antiga do bairro.
A pé, os estudantes percorrem a estrada de chão até a propriedade de dona Wanda Schuschadt, não muito longe dali. A casa de madeira, datada de 1954, resiste bravamente ao tempo, graças aos cuidados da jovem senhora de 92 anos que mora ali. Ativa, ela encontra as crianças no portão, e seu filho mostra com orgulho a roça que a mãe estava capinando antes de receber as visitas.

Origens descobertas

RIO BRANCO

Quem entrava no recinto decorado era, no mesmo instante, transportado ao passado. Já no primeiro estande a nostalgia se instalava, com os discos de vinil, videogames, televisor, rádio e outros utensílios, todos do século passado. Painéis com fotos antigas da escola e de seus alunos decoravam as paredes, enquanto os visitantes, atentos, observavam a tudo com prazer.
Deste modo estava o ginásio de esportes da Escola São José, no Bairro Rio Branco, durante a Mostra de Trabalhos no dia 6 de outubro. A exposição exibiu todo o material resgatado através do projeto Redescobrindo os Bairros de Guaramirim. Alunos do 2º ao 9º ano trabalharam na pesquisa desde o mês de maio, que envolveu todas as disciplinas, em temas sobre o esporte, culinária, agricultura e meio ambiente.
Além dos estudantes, todo o corpo docente foi envolvido no resgate da história da escola e do bairro, em um trabalho conjunto com a comunidade, peça essencial para que o resultado fosse alcançado. À frente da coordenação do projeto esteve o professor Belmiro, que ao abrir a cerimônia disse ter ficado emocionado ao ver a exposição. “Nos preocupamos muito com o presente e jogamos fora o passado. Se não nos preocuparmos em guardar, selecionar, acabamos sendo esquecidos”, disse. Natural de Guaramirim, onde sua família vive há 60 anos, o professor relatou a experiência de entrar em contato com amigos e conhecidos de seus avós, que participaram do crescimento da escola e do bairro. “Fiquei surpreso com tantas pessoas envolvidas na história da comunidade. Foi emocionante rever e relembrar tudo isso”, conta.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

 
    No dia 29 de junho de 2011 os alunos do 5º ano da Escola Isolada Iaro Eugenio Hansch visitaram a redação do Jornal do Vale do Itapocu e Jornal de Bairros. 
   As redações produzidas pelos estudantes após a visita estão sendo publicadas neste blog do jornal de Bairros de Guaramirim.




Um dia no Jornal do Vale

No dia 29 de junho nossa escola foi ao Jornal do Vale. Nós fomos de ônibus e fomos recepcionados pela Dona Odila.
Na primeira sala ela nos falou de como é importante saber ler e escrever. Na segunda sala, a Tatiana nos deu um jornal para que procurássemos palavras erradas. 
Na terceira sala, nós vimos o Jeferson construindo uma página do jornal que depois iria para a máquina de impressão.
A dona Odila também nos mostrou uma penteadeira e um baú que pertencem à família há muitos anos.
Nós ganhamos um pacotinho de guloseimas, todos adoraram. Parabéns dona Odila, Tatiana e Jeferson pelo trabalho que vocês realizam.
Victor Henrique Altini

O passeio ao Jornal

Nós fomos ao passeio no dia 29 de junho. O ônibus chegou às 13h15.  Quando chegamos lá fomos recebidos por dona Odila. Ela nos falou sobre a importância da leitura. Se não lermos, não saberemos escrever. O jornal é um meio de comunicação muito importante.
Lá eles escrevem o Jornal de Bairros, que traz assuntos dos bairros. Depois, fizemos uma pesquisa em um jornal para acharmos erros de ortografia.
Quando fomos à outra sala, vimos Jeferson. Ele nos mostrou diagramas que o orientam como o jornal deve ser montado.  Dona Odila nos falou um pouco da história da casa em que funciona o jornal. Nos mostrou uma penteadeira de 120 anos e um baú de 75 anos, móveis que pertencem à família. Ganhamos guloseimas e também fomos até uma gruta.  A parte que eu mais gostei foi quando procuramos os erros de ortografia.
Guilherme Leier


Um encontro com o tempo



Barro BRANCO

Foi com a música A Paz, da banda Roupa Nova, que os alunos da Escola Vereador Heitor Antonio da Silva iniciaram o encontro, na manhã de 18 de outubro, com moradores do Bairro Barro Branco, convidados para o Projeto Redescobrindo os Bairros da unidade de ensino. A escola, multisseriada, atende crianças do 1° ao 4° ano, e segundo o registro oficial, funciona desde 1946, quando se situava próxima à igreja do bairro. Dona Tereza Vich, 81 anos, rebate a informação, afirmando que estudou na escola na década de 30, em uma sala cedida por José Vailatti. “O meu professor foi Cantalício Flores”, relembra, citando o conhecido benfeitor de Guaramirim. Ela conta que a escola era uma construção de madeira, distante do chão e acessada por uma escada. O mobiliário da sala dispunha apenas da lousa e das carteiras com seus espaços para os tinteiros, onde os alunos se sentavam em grupos.   De todos os convidados presentes, apena Tereza Vich e sua xará Tereza Orzeckowicz, 53, filha do vereador que se tornou patrono, estudaram na unidade de ensino, que nos seus primeiros anos se chamou Escola Isolada Barro Branco. E por que Barro Branco? Essa ninguém soube responder com certeza.
Os outros convidados estudaram em suas terras de origem, antes de imigrarem para Guaramirim. Porém, as perguntas que as crianças fazem sobre o passado escolar se aplicam a quem estudou em qualquer escola na época.
 O senhor Ari Van Den Bylaardt, 81, conta que freqüentou os bancos escolares até a 3ª série. “Naquela época, o ensino público era só até a 3ª série. Se quisesse estudar mais, teríamos que ir para o ‘centro’ e pagar por mais estudo”, disse.

Surras

Todos são unânimes ao afirmarem que, antigamente, havia mais respeito pelo professores. Em parte, porque se não houvesse, apanhava-se dos mestres sem a menor cerimônia. O senhor Osvaldo Giovanella conta que na escola onde estudou, havia um pomar cheio de árvores frutíferas, inclusive pessegueiros. “Se alguém aprontava, o professor mandava ir ao pomar buscar uma vara do pessegueiro. E batia. Depois deixava a vara em cima da mesa para o próximo que saísse da linha”, diz, enquanto as crianças arregalam os olhos com as informações. Além das varas, havia o tradicional castigo de ajoelhar-se no milho, ou levar as famosas reguadas na mão. “Uma vez, uma professora pegou uma criança, que eu não sei o que havia aprontado. A professora tinha uma régua, mas uma régua boa, sabem, e segurou a mão da criança. Quando foi bater com força, a criança puxou a mão e a professora acertou a si mesma. Ela saiu cambaleando, as lágrimas saltando pelos olhos. Essa, eu nunca vi bater em mais ninguém”, conta o senhor Ari, em meios ao risos da platéia. “Eu não aprontava na aula. Se não pudesse fazer o bem, o mal não fazia”, ensina.

Seis décadas em ação



Escola reuniu comunidade para comemorar aniversário e resgate histórico
BANANAL DO SUL

Outubro foi especial para os alunos e professores da Escola Professora Isabel, no Bairro Bananal do Sul. Desde o mês de agosto estava sendo executado um projeto que uniu o resgate histórico através do Redescobrindo os Bairros e a comemoração do aniversário de 60 anos da unidade escolar.
Toda a pesquisa culminou com uma cerimônia na manhã de sexta-feira, 6, no pátio da escola. Para o evento, foram convidados antigos moradores do bairro, previamente entrevistados por alunos, além de ex-professores, ex-funcionários e os filhos da patronesse Isabel Lília Rosa de Souza, mestre que dedicou 28 anos de sua vida ao magistério.
Alunas do 1º ano da escola declamaram poesia sobre as dificuldades enfrentadas pelos colonos durante os primeiros anos da então chamada Escola Municipal Olinda. O trabalho de construção do primeiro prédio foi relembrado com emoção através da memória viva da comunidade, fundamental para que fosse possível redescobrir o bairro. “Com nossas mãos devemos fazer o melhor ambiente para vivermos”, afirmou o ex-aluno e professor Osvaldo de Souza.
A secretária de Educação de Guaramirim Cristiana Poltronieri aproveitou a ocasião para anunciar a esperada reforma para o prédio escolar, reivindicada pela direção da escola e pela APP. 
Em 1951, a Escola Municipal Olinda tornou-se Escola Isolada Taquarimbó. Através do trabalho voluntário de toda a comunidade, o prédio escolar foi construído no terreno doado pelo casal Brás e Isabel de Souza. Em 1989, o nome da escola foi alterado para homenagear a ilustre professora Isabel. Nos dias atuais, 60 alunos, da educação infantil até o 5º ano, são atendidos na unidade de ensino, continuando o legado de luta pela educação iniciado há seis décadas.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pequenas mãos que plantam o futuro

  
De longe era possível ouvir os gritos típicos das crianças felizes.
     Quem se aproximava, podia vê-las correndo pelo campo, à beira da represa de Guaramirim. Elas tinham uma missão: arborizar o local com 500 mudas de espécies nativas da região.
     Criada em 1967, a represa de Guaramirim surgiu como solução para a agricultura na época das secas. Suas margens, que outrora foram ponto turístico, hoje se encontram sujas e abandonadas. Para ir além da lamentação sobre o estado atual do local, o Jornal de Bairros- Guaramirim, em parceria com a Biovita e WS Imóveis e apoio da SDR e Jornal do Vale do Itapocu, se uniu à Escola Urbano Teixeira para um trabalho de revitalização das margens da represa.
     O projeto buscou conscientizar os pequenos sobre a importância das árvores e da mata ciliar. O geógrafo Felipe Oliveira ministrou às crianças uma palestra, em que destacou a erosão, a inexistência de mata nas margens e a baixa biodiversidade da região, onde antes abundava peixes como o cascudo.
     Para comemorar o Dia da Árvore, em 21 de setembro, os alunos foram a campo pôr em prática o que aprenderam dentro da sala de aula. Com 500 mudas em mãos, de árvores como araçá, amorinha, ingá e guanandi, passaram a tarde arborizando o local. Dois senhores, munidos com pás, não davam conta de cavar os buracos que logo eram ocupados por mãozinhas febris a cobrir a raiz das pequenas mudas.
     Carlos Eduardo Koraleski, nove anos, plantou árvores pela primeira vez. E gostou apesar do trabalho ser, ao mesmo tempo, “divertido e cansativo”.
A pequena Rafaela Rita, aluna do 4º ano, também estava debutando no plantio de árvores. “Eu espero poder voltar a plantar, porque sem natureza não podemos viver”, diz. Ela afirmou que não joga lixo nas ruas e em casa, recicla o que utiliza.
     Para a diretora da escola, Edna Meyer Ochner, a atividade serviu para complementar o trabalho ambiental realizado dentro da unidade de ensino. Alguns estudantes aproveitaram a ocasião para levarem algumas mudas para a família e amigos.
      Findo o trabalho, crianças e adultos deixaram o local com a sensação de ter contribuído para um mundo de dias melhores.


  
     
        No dia 29 de junho de 2011 os alunos do 5º ano da Escola Isolada Iaro Eugenio Hansch visitaram a redação do Jornal do Vale do Itapocu e Jornal de Bairros.
        As redações produzidas pelos estudantes após a visita estão sendo publicadas neste blog do Jornal de Bairros de Guaramirim.



O DIA DO PASSEIO NO JORNAL DO VALE

No dia 29 nós fomos a Jaraguá do Sul conhecer
o Jornal do Vale. Quando chegamos, dona Odila
nos atendeu e nos levou para ver a primeira sala,
mostrando como se escreve em um jornal e falando
da importância da leitura.
Na segunda sala, Tatiana nos levou para ver
como são escritas as notícias que ela buscou e
pesquisou para publicar no jornal.
Na terceira sal, Jeferson mostrou como ele faz
para colocar as notícias e as fotos no jornal. Ele
colocou em um diagrama, para depois publicar.
Aprendemos um pouco sobre como eles fazem
o jornal. Eu gostei de tudo porque é muito importante
para nossa vida. Se não existissem notícias,
não saberíamos o que está acontecendo. Também
gostei de todos que fazem o jornal.
Vitória G. M. Rodrigues

A VISITA AO JORNAL

Na nossa chegada, eles nos atenderam muito
bem. Dona Odila estava nos esperando na porta,
ela foi muito gentil.
Na primeira sala, a dona Odila falou sobre a importância
de ler. Ela nos falou que quando a pessoa
lê, sabe escrever sem erros e sabe ler melhor.
A Tati disse que eles recebem notícias pelo telefone
e pela internet. O Jornal de Bairros é feito por ela e
por outras pessoas do jornal. Ela escreve as notícias,
sobre o que é falado no meio de comunicação.
Na última sala nos mostraram como montar o
jornal. Ele é montando pelo Jeferson, que organiza
onde irão ficar as fotos e as notícias em um diagrama.
É mais ou menos assim: a foto é tirada pela Tati, e ela
repassa para o Jeferson. Ele edita a imagem e a notícia
para que fiquem organizadas na página do jornal.
Gabriela P. M. Lima


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Bairro Recanto Feliz é redescoberto por alunos

RECANTO FELIZ

Um bairro recente, com cerca de 700 famílias habitando a margem do Rio Itapocuzinho. Este é o cenário onde está localizada a Escola Vereador Armin Bylaardt, no Bairro Recanto Feliz, em Guaramirim.
O bairro é escolhido pelos moradores por ser próximo de Jaraguá, que oferece mais oportunidades de emprego, melhorando as condições de vida. A professora Glauce Machado coordenou em julho deste ano uma pesquisa com as famílias dos alunos, que mostrou que a maioria dos habitantes do Bairro Recanto Feliz veio de um Estado próximo: o Paraná.
E foi com alguém vindo de fora que a história do Recanto Feliz começou. Entre 2002 e 2004, a escola fez um resgate histórico do bairro, registrado em um livro bastante manuseado. Nele é possível ler uma história bem curiosa: a do “Alemão Cachorro”. Lá por volta do fim do século XIX, um homem chamado Paulo Schneider mudou-se para as terras onde mais tarde se fixaria o Recanto Feliz. Na época não havia estradas; a única forma de penetrar naquelas matas era pelo Rio Itapocuzinho. O Sr. Schneider, acompanhado da esposa e dos três filhos, vivia isolado ali. E não era por falta de estrada: ele mesmo não permitia que as pessoas atravessassem o rio e adentrassem as terras do bairro. Por este comportamento pouco simpático, Paulo Schneider ficou conhecido como o “Alemão Cachorro”.
O Bairro Recanto Feliz, que tem agora sete ruas, foi retratado pelos alunos em maquetes que ficaram expostas nas dependências da escola. O rio, a escola, o morro, a lagoa e até a mercearia do bairro foram representadas ao lado das casinhas de papelão com cores de tinta guache. Um primor.
A estudante do 5º ano Mirian Dias de Oliveira, 10, acredita na importância do trabalho. “Nosso bairro está precisando ser relembrado”, afirma. A colega Rúbia Leticia Junk, 9, concorda e acrescenta “É legal saber que muitas pessoas já moraram aqui”.
Por ser um bairro recente, existem poucas pessoas que nasceram ali; a maioria é imigrante de outras cidades, bairros e estados.  Segundo a professora Glauce, isto é um reforço para as atividades do Redescobrindo os Bairros. “Os alunos e os pais não conhecem a história do bairro”, diz.

Crianças despertam criatividade e imaginação em semana especial

O projeto “Eu Quero É +” promoveu a semana “Sinta-se um pouco mais bailarino”. As crianças que participam das oficinas de dança do programa puderam usar toda a criatividade e imaginação para caracterizarem-se com figurinos próprios. Coordenados pela professora Gabriela, os alunos desfilaram e fizeram uma sessão de fotos.
As aulas de dança acontecem nos bairros Recanto Feliz, Corticeira, Caixa d’àgua, Vila Amizade, Avaí e Rio Branco. O projeto também oferece oficinas de capoeira, artesanato, canto em coral, flauta doce e violão.

Uma volta ao passado através da memória viva

AMIZADE

Plantações de banana, uma fábrica de cachaça, uma vila com casas concentradas. Uma viela com muitos buracos, onde até as carroças tinham dificuldade para passar
Foi isso que descreveu Dona Cidália Nart Testoni aos alunos do 4º e 5º ano da Escola Lauro Loyola Carneiro. A simpática senhora, que nasceu em Luiz Alves, mas mora há 70 anos em Guaramirim, estava se referindo ao Bairro Amizade. Décadas atrás, era assim que se vivia lá. Sem comércio, as famílias trocavam entre si o que produziam; o transporte das mercadorias produzidas pelos moradores era realizado por carroças puxadas a boi ou a cavalo.
 “O traçado da rua era outro. Precisávamos contornar o morro para levar comida ao papai que trabalhava na lavoura”, conta Dona Cidália.  Para estudar, era preciso ir até a Escola Almirante Tamandaré, a pé ou de bicicleta. A rua que hoje leva o nome de um antigo morador, João Sotter Correa, era chamada de Tifa do Elói ou Tifa do Morro do Defuntinho.
O proprietário da fábrica de cachaça, onde grande parte dos primeiros moradores do bairro trabalhava, percebeu a necessidade de uma escola para atender as crianças da vila. Ele cedeu uma casa de madeira, com poucos recursos, mas que serviu perfeitamente como sede para as aulas que eram ministradas em meio a muita vontade de ensinar e aprender. A primeira professora chamava-se Eliane Correa.
Para Dona Cidália, o progresso foi muito bem-vindo. “Tudo é mais fácil; temos o Fórum, mercado, padaria, verdureira e farmácia bem pertinho”, diz. Infelizmente, existem também os percalços que acompanham o avanço. “As ruas são estreitas para o grande fluxo de veículos, dificultando a travessia e faltam sinalizações”, afirma. Há também o aumento da violência; a casa de Dona Cidália já foi assaltada duas vezes.
Quanto à educação, dona Cidália diz que tudo no seu tempo era mais rigoroso. Havia respeito, e em alguns momentos até medo. Para ela, hoje em dia há mais liberdade. “Os pais, pela necessidade de trabalhar, deixam de acompanhar grande parte do processo de aprendizagem dos filhos”, encerrou.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

3° Planeta Sertanejo atrai multidão à Guaramirim

Aniversário

Três dias de shows e público com cerca de 20 mil pessoas. Foi assim o 3º Planeta Sertanejo, evento promovido pelo Governo de Guaramirim em comemoração aos 62 anos da cidade.
Na sexta-feira, (19), a banda Nenhum de Nós relembrou as músicas dos 24 anos de carreira e agitou o público com seu rock poético, e na mesma noite, a banda Festerê encerrou a festa.
No sábado (20) foi a vez dos Nativos colocarem o público para cantar. Pela terceira vez em Guaramirim, os rapazes trouxeram um repertório animado que não deixou ninguém parado. Para finalizar a noite, o Grupo Legião assumiu o palco.


 Ídolo reúne multidão

No domingo (21), a grande atração esperada era o cantor Henrique Lemes, vencedor da última edição do programa Ídolos, do SBT. O garoto de 16 anos fez seu primeiro show em Guaramirim, acompanhado por amigos e pela banda In Natura. Mesmo com poucos ensaios, Henrique surpreendeu ao interpretar sucessos sertanejos e sua música de trabalho “O Amor Não Sai”. A cantora Marjory Porto, que também participou do Ídolos, interpretou canções de Celine Dion, Ivete Sangalo e outros artistas. A banda In Natura encerrou o festival, que o prefeito Nilson Bylaardt definiu como um grande sucesso. “A felicidade da população e a alegria é contagiante. É muito bom poder proporcionar isso e festejar o aniversário de Guaramirim”, falou.


 Rock

O tema era sertanejo, mas quem abriu o primeiro dos três dias de shows do 3º Planeta Sertanejo foi o rock gaúcho da Nenhum de Nós. Na estrada e com a mesma formação há mais de vinte anos, a banda tocou as inesquecíveis “Camila, Camila”, “Paz e Amor”, “Astronauta de Mármore”, além de tocar as inéditas do álbum recém-lançado, “Contos de Água e Fogo”. Ao final do show, o quinteto atendeu os fãs que pediam fotos e autógrafos.

Volta no tempo

As crianças distraídas são pegas de surpresa pela chegada de um senhor, com botas sete-léguas, chapéu de palha e enxada, que entra no recinto de mãos dadas com a bisneta. Ele se posiciona a frente das crianças com a difícil missão de prender a atenção das pequenas, que têm no máximo quatro anos. E consegue.
O nome dele é Daniel Graudin da Silva, com 76 anos de histórias para contar. Funcionário público aposentado, o hobby do Sr. Daniel é ser historiador. E hoje, segundo ele, foi a primeira vez que contou como era a vida antigamente para crianças tão pequenas. O Centro de Educação Infantil Maurita Maria Rosa, no bairro Avaí, foi a primeira creche da cidade, e atende cerca de 100 meninos e meninas. A diretora Teresinha Marli convidou o Sr. Daniel para conversar com as crianças, mostrando um pouco mais do bairro onde moram.
Graudin já foi convidado para palestrar a estudantes de diversas idades, inclusive universitários, em cidades como Joinville e Blumenau. O seu acervo histórico pessoal, com dados importantes e inéditos sobre os municípios da região, foi doado à Prefeitura de Guaramirim.
Para as crianças do CEI, trouxe um balaio cheio de capim, um bodoque e os apitos que imitam o canto dos pássaros, utilizados para atraírem as aves. Ele mostrou as brincadeiras feitas em sua época de estudante, e contou que por serem muito pobres e não terem cadernos, as crianças usavam lousas para anotarem as lições.
Para o Sr. Graudin, o interesse pela preservação da história vem de família. Quando seus pais vieram como imigrantes para o Brasil, fizeram questão de preservar os objetos trazidos da terra de origem. E é com visível prazer e orgulho que ele passa a história para frente.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Uma visita muito especial

No dia 29 de junho, os estudantes do 5º ano da Escola Municipal Iaro Eugenio Hansch tiveram uma tarde diferente. Juntos com a professora Rosangela Schumann Klein e com a diretora Carolina Maria da Silva, eles visitaram a redação do Jornal do Vale do Itapocu e Jornal de Bairros, em Jaraguá do Sul.
Eles puderam ter uma aula prática sobre a pesquisa que desenvolveram em sala de aula, estudando o formato do jornal e as notícias veiculadas.
A equipe do periódico respondeu às dúvidas das crianças e contou como funciona a apuração das informações e a elaboração da reportagem.
Os alunos também foram incentivados a ler sempre, para que desenvolvam a escrita e se mantenham bem informados. Ao fim da visita, os estudantes receberam guloseimas como lembrança e puderam levar exemplares do Jornal do Vale e Jornal de Bairros.
A partir desta edição, o Jornal de Bairros de Guaramirim irá publicar as melhores redações produzidas pelos alunos, sobre a visita à sede do jornal.

Receita da “Nona” Alma encanta e diverte crianças


Rio Branco

“É belo ricordare i primi tempi dei manggiare bonni”. Foi com essa frase em italiano, que Dona Alma Moser Beber, de 80 anos, traduziu sua alegria e satisfação em participar de um lanche com os alunos do maternal II do Centro de Educação Infantil Paula Feldmann, no Bairro Rio Branco, no último mês. Dona Alma, uma das primeiras moradoras da localidade, descendente de italianos, e com “mãos de fada” para cozinhar, foi convidada pelas professoras Bernardete Zimmermann e Simone Feuser e pela diretora Sueli Eccel Cattoni para participar do Projeto Redescobrindo os Bairros de Guaramirim.
Ao lado dos pequenos curiosos, Dona Alma fez os tradicionais bolinhos de chuva de banana, receita que a nona sabe desde pequena. Foi misturando os ingredientes e recordando histórias de sua vida, infância, família, trabalho e cotidiano, que a simpática senhora prendeu a atenção dos pequeninos. “Se eu pudesse trabalhava aqui para ficar perto das crianças”, confessou  Dona Alma, deixando explícita a alegria através do sorriso que só saiu do seu rosto no momento de mais atenção, quando fritava os bolinhos.
Dona Alma é conhecida e respeitada por todos os moradores da região, pois vive ali há mais de 56 anos, presenciando momentos importantes da comunidade. “Eu ajudava na horta da escola quando minha neta estudava aqui. Era uma felicidade para mim, contribuir para a alimentação das crianças”, disse.
A fama de boa cozinheira é bastante conhecida entre os vizinhos e os dons culinários foram passados da mãe para os filhos, dez ao todo. Maristela Beber Serpa herdou da mãe o gosto pela culinária e se tornou empresária do ramo, quando inaugurou, há pouco mais de dois anos, a única padaria do bairro.

Conquistas com o esforço de toda uma comunidade

BEIRA RIO

Com pouco mais de 300 famílias, o Bairro Beira Rio ainda é uma comunidade modesta. Falta estrutura. Muitas ruas não têm asfalto, a iluminação é deficiente e a coleta seletiva de lixo começou há pouco mais de uma década. Uma característica marcante dessa localidade é a união entre os moradores. Eles mesmos costumam buscar a solução para os problemas do bairro, sem depender exclusivamente do poder público.
A primeira professora da comunidade, Melina Tank recorda que há menos de 20 anos não havia escola no bairro. As aulas aconteciam numa garagem, cedida pelo casal Paulo e Marli Vieira. A escola Atilano Krüger só foi construída nos anos 90, depois da doação do terreno pelo patrono Atilano Krüeger, em 1994. Também professor, sempre sonhou em construir uma escola na comunidade onde viveu por 40 anos.
Essas histórias foram contadas pela professora Melina e Lucas Zanotti, primeiro presidente da Associação de Moradores do Bairro Beira Rio e ex-aluno de Atilano, durante o projeto Redescobrindo os Bairros. Cerca de 40 crianças do 4º e 5º ano coordenadas pelo professor Wanderlei participaram da entrevista.
Lucas lembrou de fatos marcantes na história do bairro e da cidade, em que seu avô Ferdinando Zanotti teve participação. Seu Ferdinando trabalhou na construção de duas importantes obras: a Igreja Matriz Senhor Bom Jesus e a represa no rio Itapocu. Com a construção da barragem, em 1960, os rizicultores puderam finalmente irrigar a plantação.