Escola convidou moradora do bairro para referenciar o passado
Dona Lili Hardt Wachsmann tem 66 anos, e mora no Bairro Amizade, em Guaramirim, desde que nasceu. Os pais, imigrantes europeus, vieram para o Brasil em fuga, escapando dos malefícios da 1ª Guerra Mundial. Lili conta sua história com calma, diante da platéia de crianças, alunos do 5º ano da Escola Urbano Teixeira, localizada no mesmo bairro em que a senhora se criou.
Os estudantes querem saber, e dona Lili responde. Seus irmãos e seus filhos também nasceram na região. “Antigamente, esta área era considerada Centro de Guaramirim, mas foi desmembrada para Amizade”, informa. As estradas, na época, eram picadas abertas a facões, por onde passavam carroças e cavalos. “Lembro que na minha 1ª comunhão, fui de bicicleta para a igreja”, conta. O bairro era tão pequeno que era possível contar as casas facilmente. Dona Lili trabalhou, como muitas crianças da sua idade, na roça com seus pais plantando aipim, batata, arroz.
Próximo ao Corpo de Bombeiros de Guaramirim, ela conta que havia um açougue, de propriedade de seu pai. A carne era entregue de porta em porta, da mesma forma que os leiteiros entregavam suas garrafas há um longo tempo. A carne que não era vendida era salgada para o charque, já que não havia formas de congelá-la.
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